Deveras, os processos econômicos, políticos e
sociais são intrinsecamente ligados aos fenômenos físicos e ambientais. Os
padrões de consumo de uma sociedade, por exemplo, têm tudo a ver com sua
cultura e economia. Nesse sentido, infere-se a importância dos estudos das
mudanças climáticas pelas Ciências Sociais. Temos a grande missão de esclarecer
sobre as questões que envolvem os impactos das mudanças climáticas, e as
ciências sociais são importantes para mostrar como o fenômeno impacta a vida
das pessoas, isto é, os processos econômicos, políticos e sociais mais amplos.
Outrossim, mister se faz pensarmos em leis de incentivo para a promoção do
desenvolvimento sustentável.
Neste laço,
o Brasil deve propor durante a Conferência das Nações Unidas sobre
Desenvolvimento Sustentável um paradigma de crescimento que seja realista, sem
espaço para pensamentos estéreos e fantasiosos. Devemos ter uma postura humilde
e entender que alguns países terão dificuldades em executar mudanças na sua
matriz energética. Nada de utopias. Todas discussão deverá ter base científica.
Na verdade, deveremos ter uma dupla atitude em relação à Rio+20: por um lado
temos que ser a liderança de dizer que pode fazer porque é possível fazer,
porque nós fizemos, e falar além disso com humildade, que nós temos de fazer
mais. Mas, de outro lado, temos que entender que alguns países têm grandes
problemas para dar saltos.
Diante do cenário de diversos atores e forças, deveremos dar atenção para a ampliação do apoio às várias áreas relacionadas às mudanças climáticas. Mudança climática é um assunto que exige muita pesquisa e, claro, apoio. Apesar do tema já fazer parte das discussões e ser valorizado, ainda é preciso evoluir: ou temos um investimento profundo e sério ou não vamos conseguir resolver o problema.
Fonte: LEITÃO,
Sérgio. Mudanças Climáticas:
Interdisciplinaridade. Disponível em: http://www.mudancasclimaticas.andi.org.br/node/464?page=0,1. Acessado
em: 06 de abril de 2012.
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